DJ ANGEL
Com uma trajetória de sucesso desde 2007 na cena nacional, sendo considerado uma das referências do circuito mineiro, DJ Angel é o primeiro entrevistado da COLUNA 10 para 01! Conheça um pouco mais desse super profissional!
1 – Quando começou sua carreira de DJ e por quê?
Comecei minha carreira de DJ oficialmente em meados de 2007, pois foi quando uma grande amiga me presentou com o curso de discotecagem. Sempre tive vontade de ser DJ, mas não tinha coragem de assumir isso em minha vida! Quando ganhei esse presente, não teve jeito, foi amor a primeira vista. Aprendi a tocar com vinil, e quando encostei minha mão nas picapes e fiz a primeira mixagem senti que era aquilo mesmo. Uma sensação que sinto até hoje tocando.
2 – Quais DJ’s eram suas influências no início da carreira e quais são atualmente?
Quando comecei a tocar, minhas influências eram DJs como Offer Nissim, Tony Moran, Juano Martin, Chris Cox, Pacheco, Ana Paula, Renato Cecin. Antes disso acho que a maior influência foi o Aless, daqui de BH, pois era através da pista dele que ouvia e conhecia os sons que gostei por muito tempo, porque na época não era fácil como hoje achar as coisas na internet. Conforme fui adquirindo experiência como DJ, fui escutando outros DJs tocarem e posso dizer que hoje minha lista aumentou com mtos nomes nacionais e internacionais da cena LGBT, como Enrry, Allan Natal, Mauro Mozart, Filipe Guerra, Ivan Gomez, Nacho Chapado e Aron e até alguns da cena do house europeu, como Avicii, Erick Morillo, SHM, e outros. Mas é fato que o DJ que sou fãzoca de carteirinha e que me influencia, desde antes de virar DJ até hoje, é o Peter Rauhofer. Pra mim ele é o melhor, técnica impecável, feeling poderoso, consegue fazer um som tocando de tribal a tech house, com mtas influências diferentes, e ainda às vezes levar a pista por mais de 8 horas numa vibe incrível. Como DJ posso dizer que isso é para poucos.
3 – Qual sua principal referência nacional e por quê?
Acho que por toda a bagagem tanto como produtor e como DJ, e por eu ter acompanhado a carreiras nessas duas áreas, vou citar dois para não ser injusto: Allan Natal e Mauro Mozart. Não é puxa-saquismo de mineiro, mas a verdade é que os dois para mim no conjunto DJ + produtor são os melhores do país.
4 – Quais as principais dificuldades da carreira de DJ?
Estabilidade é a principal. Se você depende só disso pra viver, acaba que você tem que aceitar tocar em qualquer lugar para poder ganhar dinheiro e se não tomar cuidado pode perder sua identidade meio a tantos públicos distintos. Acho que o sonho de todo DJ é viver exclusivamente da música, mas no Brasil e mais especificamente em BH, temos que ser bem realistas e saber que se você não for famoso a nivel nacional pelo menos, não há garantias que vc vai ter um bom salário todo mês. Acho que fora isso a única dificuldade é ser valorizado pelos produtores, todos querem exclusividade pagando um cachê baixo e fora aqueles que dão o cano, pelo fato das negociações aqui em BH serem informais. Já levei muito, mas infelizmente é um risco que se corre quando se trabalha sozinho, o que foi minha realidade por muito tempo.
5 – E quais as principais alegrias?
Olha, não saberia nem enumerar, porque são muitas. Vou falar o que vem a minha cabeça: primeiro, a emoção de você comandar a pista, de ver as pessoas dançando pelo seu gosto musical, de sentir a energia do publico. Isso é único. Nunca senti nada igual. Depois receber o carinho de pessoas que você não conhece, aspirantes a DJ ou novatos na área que falam que você os influenciou, e que sua música, sua arte representa algo para eles. Sem contar as consequências do trabalho, como por exemplo o fato de eu conhecer muito mais lugares e pessoas que eu conhecia antes de começar a tocar. É uma grande troca de experiências.
6 – Um lugar/festa marcante onde tocou.
Cada lugar é especial e deixa suas marcas, é difícil ter um favorito.... Mas é fato que tenho um carinho o mais pela cidade de Goiânia, não escondo isso de ninguém, heheh. Pelo público, pela noite, pelas pessoas e pela cidade! Já toquei lá duas vezes e sempre saio de lá nas nuvens.
7 – Um lugar/festa que gostaria de tocar.
Acho que como a maioria dos DJs que ainda não realizaram esse sonho, seria tocar em alguma festa da The Week, né? Não só por ser brasileira, mas hoje a The Week é referência mundial na cena LGBT, trazendo sempre os melhores DJs e festas, não tem como ser outra, pelo menos pra mim.
8 – Quais as características mais marcantes nas suas apresentações e nos seu sets que você considera que sejam diferenciais em relação a outros Dj’s?
Bom, acho que desde que comecei a tocar, uma característica muito forte minha foi o fato de eu misturar várias influências e estilos diferentes em um set. Adoro tribal, mas gosto de colocar outros estilos como um pouquinho de tech, progressivo e às vezes até eletro, acho que o set fica mais dinâmico e menos cansativo. Acho que meu som na maioria das vezes é bem alegre também, bem pra cima e melódico.
9 – Na sua opinião a música do momento é?
Fugindo do comercial, porque isso quem dita são as rádios e a mídia norte-americana, acho que tem duas que pra mim merecem destaque: "Spectrum" do Zedd, que é um DJ russo que fez uma parceria com um cantor chamado Matthew Khoma e "Euphoria", da Loreen, a música vencedora do concurso anual do Eurovision, que eu sempre acompanho.
10 – Atualmente a música mais pedida na noite é?
Bom, aí não tem jeito, tem que ser comercial! Hehehe! As mais pedidas sem dúvidas é uma disputa de divas: Rihanna, Britney, Nicki Minaj, Katy Perry...
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