Um dia antes do início do
conclave que irá eleger o Papa que substituirá Bento XVI, um novo escândalo
sobre o Vaticano tomou conta da imprensa internacional. De acordo com o jornal
“Independent”, a instituição religiosa teria gasto € 23 milhões (mais de R$ 58
milhões) em apartamentos de um prédio em Roma que abriga nada menos que a maior
sauna gay da Europa.
Pelo menos 18 dos cardeais
responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local. Um deles é Ivan Dias,
chefe da Congregação para Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no
mesmo andar onde funciona a sauna. Visto como um conservador, mesmo para os padrões
atuais da Igreja, o ex-arcebispo de Bombaim teria ficado “horrorizado” com a
descoberta. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser curados de
suas “tendências não naturais através do sacramento da penitência”.
Segundo a imprensa local, o investimento no imóvel,
realizado em 2008 pelo cardeal Tarcisio Bertone, foi realizado graças a
generosos benefícios fiscais recebidos pela Igreja Católica durante o governo
de Silvio Berlusconi. A propriedade é reconhecida como parte da Cidade Santa. Leitores de sites gays italianos foram rápidos em
fazer piadas sobre o tema. “Se você não pode ir a uma sauna gay por medo de
ser visto, o que você faz com milhões de euros roubados de italianos? Compra um
bloco de apartamentos com a sauna dentro”, dizia um dos comentários do
“Gay.it”.
A descoberta vem em um momento delicado para a
Igreja, que ainda se recupera de especulações a respeito da renúncia de Bento
XVI. Chegou a ser dito que a saída do teólogo alemão ocorreu devido à presença
de cardeais homossexuais dentro do Vaticano.
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